quarta-feira, 20 de julho de 2016

O astronauta

Soube há pouco que um astronauta, que era ateu e se havia convertido ao catolicismo, para fazer uma viagem, já não recordo onde, pusera como condição que lhe deixassem levar o Santíssimo Sacramento da Eucaristia para comungar ao menos uma vez por semana, por sua própria mão, enquanto estivesse ausente nos dois meses da viagem. O bispo da sua diocese concedera-lhe a autorização.
Foi-me contado, como o escrevo. Ou quase. Quem mo contou pretendia louvar a atitude deste cristão, em contraste com a de muitos que não têm qualquer tipo de amor à Eucaristia. Porém, a mim soube-me a estranho. A confusão. 
Em primeiro lugar, parece-me esquisito, para não dizer despropositado, pôr condições a Deus. Vou ali se vieres comigo. Vou ali se te puder comungar. Claro que o astronauta foi um testemunho exemplar do amor a Deus. Mas o amor é tão livre que até na comunhão deveria ser sem condições. 
Em segundo lugar fez-me pensar em tantas outras pessoas sem nome que não têm a possibilidade de comungar por não terem sacerdote, ministro extraordinário da Comunhão ou Eucaristia à mão. Ou aqueles que a hierarquia afasta da comunhão porque as condições assim o não permitem. Não vou explicar de quem me estou a lembrar. 
Nem escrúpulos nem facilidades. O amor é geralmente o termómetro das nossas opções!
Fonte: aqui

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