quinta-feira, 11 de abril de 2013

Lixo que recupera pessoas

Já aqui falei, nesta secção, no sacerdote católico Abbé Pierre, falecido há poucos anos em França e que instituiu os Companheiros de Emaús, para ajudar os rejeitados da sociedade.
 
 
        Hoje tive ocasião de ver em diferido o  Programa da RTP2 70x7 que fala precisamente  desta Obra, com casa em Caneças, na Estrada do Lugar de Além. O Sr. António foi um dos primeiros a entrar nesta casa e hoje é o seu responsável. É ele que o jornalista entrevista e nos dá a conhecer esta Instituição, que tem sempre uma porta aberta para quem queira entrar. “Os Companheiros de Emaús são uma escola de consciência e acção cívica, que se destina a servir os que mais sofrem”.
As pessoas que chegam à comunidade “são como lixo chutado pela sociedade porque são alcoólicas, drogadas, portam-se mal ou vivem na rua”, aponta o responsável que, como todos os “companheiros”, só quer ser conhecido pelo nome próprio.
       “Enquanto restauramos as peças estamos também a recuperar-nos, e esse é um trabalho muito delicado e cansativo”, afirmou o senhor António ao programa ‘70X7’.
        A quem entra pela primeira vez nada é perguntado: nem idade nem proveniência. Só se lhe pede que “colabore na recolha e restauro de objectos rejeitados, na esperança de se tornar “uma pessoa nova”.  O trabalho de restauro destes objectos que a sociedade deita fora ajuda à recuperação também dos seus restauradores, pois estes homens vivem do lixo da sociedade e vêem que o lixo ganha outra vida e beleza. Também eles próprios foram considerados lixo que a sociedade rejeitou mas afinal são verdadeiros artistas capazes de fazer maravilhas que encantam os compradores.
        Um espaço com mobiliário, relógios, espelhos e outros artigos recuperados pelos Companheiros contraria a convicção de que “quem vive na rua já não presta nem serve para nada”, assinala por seu lado o senhor Humberto.
         Algumas das peças estão expostas no “Pavilhão Social”, onde é possível equipar uma casa com “muito pouco dinheiro”, e até sem nenhum, se os objectos forem trocados por voluntariado na comunidade, sublinha.
Fonte: aqui

 

 

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