terça-feira, 8 de dezembro de 2015

JUBILEU DA MISERICÓRDIA - MENSAGEM DE D. ANTÓNIO COUTO

Jubileu_Misericórdia

ATRAVESSADOS PELA MISERICÓRDIA

  1. Através da Bula «O rosto da misericórdia», dada em Roma no passado dia 11 de abril, véspera do Domingo da Divina Misericórdia, o Papa Francisco deu à Igreja a graça de se expor durante um ano inteiro à misericórdia de Deus. Esta onda avassaladora de misericórdia tem início neste dia 8 de Dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, e encerrará no dia 20 de Novembro de 2016, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
  1. Pelo meio, no dia 13 de dezembro próximo, terceiro Domingo do Advento, Domingo da Alegria, abriremos a chamada «Porta Santa da Misericórdia» na nossa Igreja Catedral. Uma «Porta da Misericórdia» será também aberta, nesse mesmo dia, no Santuário da Lapa, para que as populações daquela parcela da nossa Diocese possam também, mais facilmente, sentir a emoção de a atravessar e, sobretudo, de se deixarem atravessar pela enxurrada da misericórdia de Deus.
  1. Será uma emoção vigorosa sentir os pés e a alma deterem-se extasiados no limiar daquela Porta Santa que traz Deus até nós, e que a nós nos leva até Deus. De um Deus que nos ama com amor apaixonado, que se comove e chora por nós, que nos acolhe nos seus braços paternais e maternais, e que nos lava carinhosamente com água pura, que nos purifica e dedica com sal e nos unge com azeite puro de oliveira (cf. Ezequiel 16,4 e 10). Assim, a penitência e a indulgência lavarão a nossa vida exposta à misericórdia infinita de Deus.
  1. Um ano é muito tempo, é pouco tempo. A Porta Santa que agora se abre fechar-se-á simbolicamente após um ano, para nos dizer que, não obstante o tempo, é urgente a conversão. «Converter-se» significa «regressar» a Deus; e «regressar» a Deus significa «responder» a Deus. Que seja, então, caríssimos irmãos e irmãs, um ano intenso de intensa experiência de Deus, através da escuta qualificada da sua Palavra, da frequência dos Sacramentos, sobretudo do Sacramento da Reconciliação, e da multiplicação das obras de Caridade e de Misericórdia.
  1. Entrar em cheio na avenida comovida da misericórdia e do perdão começa sempre pela experiência grande e única de sermos perdoados por Deus, pois só Ele é «o Senhor das misericórdias e dos perdões» (Daniel 9,9). Mas, porque não podemos guardar a riqueza da misericórdia e do perdão só para nós, devemos continuar a construção desta avenida comovida e maravilhosa, fazendo nós também o exercício salutar de partilhar a misericórdia e o perdão uns com os outros, nos caminhos concretos do nosso dia-a-dia.
  1. Aos sacerdotes peço que, ao longo deste ano de graça, disponibilizem boa parte do seu tempo para a oração e para a administração do Sacramento da Reconciliação. Aos fiéis leigos peço que multipliquem, por todas as formas (em grupo e em particular), a oração e se abeirem mais assiduamente dos Sacramentos da Santa Mãe Igreja, nomeadamente da Eucaristia e da Reconciliação. A todos peço que sejamos sempre, por palavras e obras, verdadeira transparência do Senhor Nosso Jesus Cristo, e que permaneçamos em comunhão de intenções e de corações com o nosso Papa Francisco.
  1. Que o Deus da Paz e das Misericórdias nos conceda, ao longo deste ano da Misericórdia, uma abundante chuva de Graça e de Ternura, e que Maria, nossa Mãe, Senhora da Conceição, seja nossa carinhosa Medianeira.
Lamego, 8 de dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição, e Abertura do Ano da Misericórdia
+ António, vosso bispo e irmão

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