ENCERRAMENTO DO ANO JUBILAR DA
MISERICÓRDIA
«Lembra-Te de mim, quando vieres com o Teu Reino» (Lc 23,42)!
«Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso» (Lc 23,43)!
1. Fechada hoje, em Roma, a Porta Santa do Ano Jubilar da
Misericórdia, mantém-se aberta, para sempre, a porta da esperança! No alto da
Cruz, Jesus deixa aberta, de par em par, a porta do paraíso, sem medo do
assalto dos ladrões, e, um deles, pelos vistos, é mesmo o primeiro a entrar! É
verdade! Era ladrão, tinha roubado durante a vida inteira! Mas no fim, arrependido daquilo que fizera, olhando para Jesus, manso
juiz, tão bom e misericordioso, conseguiu roubar o Céu! Nisto
sim, foi um bom ladrão! E a verdade é que “ninguém
antes dele ouviu uma promessa semelhante: nem Abraão, nem Isaac, nem Jacob, nem
Moisés, nem os profetas, nem os apóstolos. O ladrão entrou à frente de todos
eles. Mas também a sua fé ultrapassou a deles. Ele viu Jesus atormentado e
adorou-O, como se estivesse na glória. Viu Jesus pregado a uma cruz, e
suplicou-Lhe como se O tivesse visto no trono. Viu Jesus condenado e pediu-Lhe
uma graça, como se faz a um rei. Ó admirável malfeitor. Viste um homem
crucificado e proclamaste-O Deus” (S.
João Crisóstomo).
2. Este malfeitor torna-se assim testemunha da graça e da
misericórdia do Senhor. Ele é um exemplo, para nós, do caminho permanente da
nossa conversão: em primeiro lugar, o seu temor filial a Deus, rico em
misericórdia, fê-lo tomar consciência do pecado! Depois, a contemplação do
rosto inocente de Jesus, levou-o a reconhecer a sua culpa e a necessidade de perdão.
E, por fim, a sua confiança, no nome de Jesus, abriu-lhe as portas da salvação.
3. Assim, do início ao fim da Sua vida, Jesus é
verdadeiramente, para todos, o rosto da misericórdia do Pai! E, até no último
suspiro, Jesus pronuncia apenas a palavra do perdão e não a da condenação: «Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso».
E nós ficamos a saber: que não há santo sem passado, nem pecador
sem futuro!
4. Ao concluir hoje
o Ano da Misericórdia, podemos pensar um pouco na história do amor
misericordioso de Deus por nós! Cada um de nós tem também os seus erros, os
seus pecados, os seus momentos felizes e os seus momentos sombrios, a sua face negra. Nem eu, nem tu, fugimos à
regra! Por isso, depois de um ano inteiro, a celebrar a misericórdia de
Deus, far-nos-á bem pensar na nossa história pessoal, olhar para Jesus e, do
fundo do coração, repetir-Lhe muitas vezes – mas com o coração, em silêncio – “Lembra-Te de mim, Senhor, agora que estás no
Teu Reino! Jesus, lembra-Te de mim, porque eu tenho vontade de me tornar bom/boa,
mas não tenho forças, não posso: sou pecador/a. Ajuda-me a descobrir que só
Deus é Bom! Lembra-Te de mim, Jesus, porque Tu estás no centro, Tu estás precisamente
no Teu Reino, donde nos atrais, e no qual temos a redenção e o perdão dos
pecados”…
5. Continuemos a
dizer-Lhe, todos os dias, “Senhor,
lembra-Te de mim” e deste modo, Ele estará no centro do nosso mundo, será o
Senhor da nossa vida, o Rei e Pastor do nosso coração. Deste modo, nos
lembraremos d’Ele e de que a porta da misericórdia do Senhor estará sempre
aberta, para nós!
Alteemos, pois, nós, as portas da nossa vida, da nossa Igreja, para Ele, para que venha e vença, com a soberania do Seu Amor, e derrame sobre o nosso rosto o bálsamo da misericórdia do Pai, como sinal do Reino de Deus, já presente no meio de nós!
maro Gonçalo
Alteemos, pois, nós, as portas da nossa vida, da nossa Igreja, para Ele, para que venha e vença, com a soberania do Seu Amor, e derrame sobre o nosso rosto o bálsamo da misericórdia do Pai, como sinal do Reino de Deus, já presente no meio de nós!
maro Gonçalo
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