quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Dos mortos dizei apenas o bem

"No mundo a morte é uma limitação, a conclusão, o fim. Em Deus, a morte é sempre o início de uma nova vida. Quando um homem morre do ponto de vista terreno, ele continua a viver em Deus como vida eterna. Com a sua morte, com o seu desaparecimento do mundo visível, um lugar fica vago, mas não permanece vazio. Deus toma posse dele. De um ponto de vista terreno, a morte de um homem deixa um espaço na vida dos seus amigos e daqueles que o amam. Mas esse espaço fica disponível para Deus no coração do homem. Serve como uma forma de nos lembrarmos de Deus e gera devoção e entrega a Deus; é conquistado e preenchido por Deus. Dizemos, de mortuis nil nise bene. E de facto a nossa imagem dos mortos é gradualmente transformada; nos nossos pensamentos atribuímos-lhe mais e mais bem, mais qualidades divinas; imperceptivelmente idealizamo-lo, e sob o seu olhar tentamos viver de uma forma nova e melhor. Os mortos vivem de facto em Deus e através da sua morte a vida de Deus é-nos revelada de forma mais clara. Desde a morte de Cristo, toda a vida eterna nasce da morte" 

Adrienne Von Speyr
inThe Word Becomes Flesh, p.44

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